Rio Tietê Poluído
A
população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de
milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida
marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano,
disse a ONU."A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem
hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas
de violência, inclusive as guerras", disse o Programa do Meio Ambiente
das Nações Unidas – UNEP.
Em
um relatório intitulado "Água Doente", lançado para o Dia Mundial da
Água, o UNEP afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que
contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente,
causaram gigantescas "zonas mortas", sufocando recifes de corais e
peixes. O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição
industrial, pesticidas agrícolas e resíduos animais.
Segundo
o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhões de crianças com
menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos
acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de
esgoto sem tratamento. A diarreia, principalmente causada pela água
suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano e "mais de metade dos
leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à
água contaminada."
O
relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos
multimilionários para o tratamento de esgoto. Também sugere a proteção
de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do
esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes. "Se o mundo
pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões
de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos
nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto",
disse o diretor da Unep, Achim Steiner, "O esgoto está literalmente
matando pessoas."
Em
São Paulo, segundo o biólogo John Emilio Tatton, empresas despejam,
clandestinamente, resíduo tóxico nos rios e mananciais da grande São
Paulo dificultando ainda mais o abastecimento de água na metrópole que
precisa buscar água em outras bacias como: Campinas e Extrema no estado
de Minas Gerais para abastecer a bacia Tietê, responsável pelo
abastecimento da zona norte da capital.
“As
nuvens de chuva só despejam em São Paulo devido aos 7% de mata
atlântica que ainda restam na região, no entanto por não haver espaço
para drenagem para a água da chuva, a água cai e vai para o rio Tietê
saindo da cidade e indo para outras regiões. Por isso não pode poluir
nossas represas e preciso preservar a água potável senão em menos de 15
anos São Paulo terá um grave racionamento de água” afirma John Emilio.
Para
o biólogo é preciso também educar a população para o consumo consciente
da água, que na grande metrópole é entorno de 180 litros dia por
habitante e, segundo a Organização Mundial das Nações, um indivíduo
precisa de 110 litros dia para suprir sua necessidade de higienização e
consumo e o que ultrapassa isso é desperdício. Portanto São Paulo tem um
alto desperdício e vem causando indignação nas cidades que precisam
ceder água para o abastecimento da cidade.
Um
projeto que inclui um programa de educação ambiental nas escolas
públicas da grande São Paulo foi desenvolvido pela gestão ambiental da
Sabesp, Empresa de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, para levar a
população a necessidade de se ter um consumo racional da água e
preservação da mesma.
“Só
a educação ambiental irá conscientizar as empresas em não poluir os
rios e mananciais da região porque a lei não está sendo suficiente para
evitar esta prática” acrescenta John Emilio.
Texto retirado do blog Ação Eco.
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